Divulgue o Céu!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Primeira exibição

Foi uma noite histórica. Das comunidades de Trajano, Peptal e Mamuna vieram os convidados especiais, como a pequena Raquel, Seu Dico, Rosa e as meninas do Peptal, alguns dos protagonistas da primeira exibição da TV Tapuia, no recém inaugurado cinema de Alcântara.







A sala do cine era pequena e o telão foi montado do lado de fora, no anfi-teatro, para que todos pudessem assistir confortavelmente o diário de bordo da Oficina OCéuSemEternidade. Foi um jeito encontrado pela cineasta de apresentar o primeiro resultado da imersão feita nas comunidades quilombolas de Alcântara, nos últimos três meses, através de uma bolsa patrocinada pelo Ministério da Cultura.





A oficina rendeu mais de 60 horas de imagens inéditas que a cineasta pretende reunir em um filme documentário de aproximadamente 2 horas de duração e que ainda depende de captação de recursos para as etapas de edição, finalização e distribuição. O que a cineasta apresentou inaugurando o sistema de transmissão da TV Tapuia- iniciativa local de comunicalão comunitária que acabou virando personagem do filme- foi o que ela chamou de rascunho, com 46 minutos de sequências gravadas nas comunidades sobre temáticas relacionadas com o universo quilombola e a implantação da Base Espacial de Alcântara.Pela reação calorosa da platéia, o resultado agradou em cheio.





A cineasta promete continuar este diário de bordo, agora diretamente de uma ilha de edição em São Paulo, postando pequenas pílulas pílulas com uma mostra do rico material que colheu em campo e que também ficará disponível para pesquisa no Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão. A UFMA, junto com a Prefeitura Municipal de Alcântara e os Pontos de Cultura da Comunica Alcântara e do Projeto Calu, apoiaram a realização da oficina que está gerando o filme, produzido totalmente de forma colaborativa.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Além da imaginação

O cenário foi trocado de última hora, mas a cena rendeu mais do que esperado. Os personagens principais, seu Dico, Rosa e Nezoca, vieram de Trajano e se juntaram a outras duas figuras especiais: um Barão e um Punk, apelidos de Hamilton e de José, ilustres moradores de Alcântara e da Ilha do Livramento...

A última sequência do filme, encenada na beirada de Alcântara, entre os manguezais e as ruínas da Praia do Barco, teve espaço para os apelidos engraçados e para os muitos casos de encantaria que povoam o fabuloso universo quilombola. Na cena, seu Dico foi resgatado pelos amigos quando vagava sozinho na mata enfeitiçado pela beleza de uma mãe d´agua, num típico caso de paixão do outro mundo...





Para ver e guardar

O último dia de filmagem em Mamuna foi reservado para uma tramissão da TV Tapuia, mostrando cenas de uma gravação no rio do povoado e de uma caminhada na mata em Trajano. A Central Boneca ficou pequena para tantos telespectadores, que adoraram as "tiorias" do seu Dico e vibraram com o discurso de Dona Diolinda, contra a expansão da Base sobre as áreas das comunidades quilombolas...No final, depois de uma saborosa galinhada de despedida, a foto para guardar na memória juntando a equipe de produção do filme, os meninos da TV Tapuia e o núcleo local da oficina.







terça-feira, 13 de julho de 2010

História de resistência

Em entrevista a TV Tapuia, que também virou personagem do filme, Sérvulo Borges, um dos líderes do Movimento dos Atingidos pela Base, faz um resgate histórico dos 30 anos de implantação do Centro Espacial de Alcântara.
Outra liderança forte do Movimento, Militina Serejo, comanda de Mamuna, povoado símbolo da resistência, a reconstituição da passeata que celebrou a vitória contra a expansão da Base sobre novas áreas ocupadas secularmente por comunidades quilombolas no município.









Universo encantado

A caminho da roça, os moradores de Trajano vão contando estórias que povoam o imaginário local com segredos e cuidados que cada um deve tomar ao penetrar o mundo invisível dos encantados, considerados os guardiões dos rios e das matas...As crianças crescem ouvindo casos sobre currupiras e mãe d´aguas, que seu Dico, Rosa e Nezoca têm orgulho de transmitir para quem se mostrar interessado...







sábado, 3 de julho de 2010

O guardião de Camarajó

Dizem que o lugar é sagrado e por isso é motivo de muitas lendas. Todos já se foram dali, mas ficou seu Zacarias, pai de Branquinha, que vive hoje em Mamuna, como a maioria dos antigos moradores. Para conhecer os segredos do eremita de Camarajó, a caminhada é longa, e contou com a participação de outras personagens, como Dona Benedita, Dona Tereza e Dona Vitória, além de guias como Wagner. Branquinha estava feliz em apresentar a história de coragem e resistência de seu pai.









Brincar de sério

Se a idéia é fazer rir, a criançada de Trajano não perde a oportunidade. A vivência proposta pela cineasta também envolveu personagens mais antigos do povoado, como a mãe de santo Dona Antônia, que faz careta para Rosa, mostrando que também gostou da brincadeira. O microfone capta tudo e é motivo de curiosidade.







domingo, 27 de junho de 2010

O que há no céu

Uma noite de lua cheia, no campo de futebol de Trajano, iluminado por fogueira e luzes de lamparinas. Pela primeira vez na história, uma comunidade de Alcântara recebe a visita de um telescópio, orientada por pesquisadores da Sociedade Maranhense de Astrônomos Amadores do Maranhão. Veio gente também do Peptal participar da vivência proporcionada pela produção do filme, que tem entre uma de suas principais temáticas o imaginário dos quilombolas em relação ao que existe no céu. A criançada ficou curiosa e fascinada pelas imagens sobre o mundo celeste que os pesquisadores mostraram na tela e também nos livros.








Seu Dico e Rosa, personagens de Trajano, observam a lua de um jeito nunca visto antes. A fogueira animou a roda de conversa.

sábado, 26 de junho de 2010

Intercâmbio cultural

O set do CéuSemEternidade recebe uma visita especial.Uma consultora do Programa Interações Estéticas, da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, que patrocina a imersão da cineasta Eliane Caffé nas comunidades quilombolas de Alcântara, veio acompanhar de perto o processo de construção colaborativa do filme e se mostrou bem impressionada com o que viu. Wayra Silveira voltou para Salvador também encantada com a beleza de Alcântara, que visitava pela primeira vez.





A opinião da Wayra:
"O Projeto de Interações Estéticas da cineasta Eliane Caffé mostra não apenas os conflitos entre as comunidades locais e a base espacial ali implantada, mas sobretudo está criando um produto artístico, filme que demonstra diálogos entre tradição e modernidade. Gostei muito da visita, do ritmo de execução das atividades, fui muito bem recebida por todos e fiquei encantada com Alcântara, um lugar realmente muito belo".

O Guarnicê do Boi da Malá

Não deu tempo para os ensaios este ano. Mas nem por isso o Boizinho Luxo Alcantarense brilhou menos neste São João. A brincadeira é um resgate que vem sendo feito pela caixeira-mor da Festa do Divino, Marlene Silva, ou simplesmente Malá, que vem reunindo antigos brincantes de bois de diversas comunidades do município em torno de uma promessa feita ao protetor São João pela família de Justina e Zé Raimundo, no povoado Peptal.O Guanicê do Boi acabou virando cenário para o filme no encontro entre algumas das principais lideranças quilombolas, que relatam questões da luta enquanto aguardam o bater dos tambores. Durante os preparativos, muito trabalho, mas a diversão é garantida.











O Boizinho da Malá também recebeu este ano uma visita especial: do vizinho povoado de Só Asssim veio se apresentar no terreiro o Tambor de Crioula de seu Bacurau, visto aqui nas imagens do cineasta Beto Matuck, que tem acompanhado alguns momentos especiais da produção do filme.







terça-feira, 22 de junho de 2010

Novas conexões

A parceria entre o projeto OCéuSemEternidade e o Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão(UFMA) ganha um novo impulso com a chegada dos estudantes selecionados como bolsistas para participar da experiência.O grupo vai atuar na criação de uma rede de comunicação colaborativa que está sendo estimulada pelo projeto e que inclui, além da produção de conteúdo para os blogs, ações junto às comunidades para orientá-las a produzir os seus próprios auto-retratos.





Com a cineasta Eliane Caffe e com o designer Ghustavo Távora: encontros para definir o plano de atividades.
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